quinta-feira, 14 de agosto de 2014

●☆Obsession-Chapter Five☆●

●☆Obsession-Chapter Five☆●

 Eu dirigi por milhas e milhas
E acabei na sua porta
Eu tive você por tantas vezes, mas de algum jeito
Eu quero mais

Eu não me importo de passar todos os dias
Do lado de fora, na sua esquina, na chuva torrencial
Procure a garota com o sorriso partido
Pergunte a ela se ela quer ficar por um tempo
E ela será amada



.

– Não tenho a menor ideia de onde você pode guardar a sua mala. Este
 quarto é bem pequeno. Para ser sincero, é a primeira vez que venho aqui.
– Liam balançou a cabeça e suspirou. – Escute, se quiser ir comigo para o meu apartamento, tudo bem. Pelo menos posso lhe oferecer um quarto no  qual dê para se mover.



Por mais gentil que Liam fosse, eu não estava disposta a aceitar a oferta. Ele não precisava de uma hóspede indesejada ocupando um dos seus quartos. Pelo menos ali eu estava escondida e ninguém iria me ver. Poderia limpar a casa e arrumar um emprego em algum lugar. Talvez Harry me deixasse ficar dormindo naquele quartinho desocupado até eu ter dinheiro suficiente para ir embora. Ali eu não tinha tanto a sensação de estar impondo a minha presença. No dia seguinte, iria encontrar um mercado e usar os meus 20 dólares para comprar comida. Pão com manteiga de amendoim devia bastar por uma semana, mais ou menos.
– Aqui está perfeito. Assim eu não atrapalho. Além do mais, Harry amanhã vai ligar para o meu pai e descobrir quando ele volta. Talvez ele tenha um plano, sei lá. Mas obrigada, valeu mesmo pela oferta.
Liam correu os olhos pelo lugar mais uma vez e fez uma cara feia. Ele não estava contente com aquele quarto, mas eu estava aliviada. Que gentileza a dele se importar comigo.
– Detesto deixar você aqui atrás. Parece errado.
Ele tornou a olhar para mim, e dessa vez a sua voz adquiriu um tom de súplica.
– Está ótimo. Muito melhor do que na picape.
Liam franziu o cenho.
– Na picape? Você ia dormir lá?
– Ia, sim. Mas isto aqui me dá um pouco de tempo para decidir qual vai
ser o meu próximo passo.
Liam passou uma das mãos pelos cabelos desgrenhados.
– Você me promete uma coisa? – pediu.
Eu nunca fui de prometer nada. O que eu sabia sobre promessas era que
elas se quebravam com facilidade. Dei de ombros. Era o melhor que podia fazer.
– Se Harry obrigar você a ir embora, ligue para mim.
Comecei a concordar, mas percebi que não tinha o telefone dele.

– Onde está o seu celular para eu poder gravar o meu número? – perguntou ele.
Aquilo iria me fazer soar ainda mais digna de pena.
– Não tenho.
Liam me encarou boquiaberto.
– Não tem celular? Não é à toa que você anda armada. – Ele enfiou a mão no bolso e pegou o que parecia um recibo. – Tem caneta?
Tirei uma da bolsa e entreguei para ele.
Ele anotou o número rapidamente e me entregou o papel e a caneta.
– Ligue para mim. É sério.
Eu jamais ligaria, mas era gentil ele me oferecer. Concordei. Não tinha prometido nada.
– Espero que você durma bem aqui.
Ele olhou em volta com um ar preocupado. Eu iria dormir maravilhosamente.
– Eu vou – garanti.
Ele assentiu, saiu do quarto e fechou a porta. Esperei até ouvi-lo fechar
também a porta da despensa antes de me sentar na cama ao lado da mala.
Aquilo estava bom. Eu podia me virar com aquilo.


'Oh, você não vai ficar comigo?
Porque você é tudo que eu preciso
Isso não é amor, é fácil de enxergar
Mas, querida, fique comigo

Por que estou tão emotivo?
Não, não é uma boa visão
Preciso de algum controle próprio
E no fundo, eu sei que isso nunca funciona.
Mas você pode deitar comigo, e isso não vai machucar'



Mesmo sem janelas no quarto para me dizer se o sol já nascera, eu sabia que tinha dormido até tarde. Fui me deitar exausta, mas a longa viagem de oito horas e os passos na escada durante horas depois de eu
ir para a cama me impediram de dormir. Eu me espreguicei me sentei e
estendi a mão para o interruptor na parede. A pequena lâmpada iluminou
o quarto e estiquei o braço até debaixo da cama para pegar a minha mala.
Precisava de um banho. Se todo mundo ainda estivesse dormindo, eu.
Poderia usar um dos banheiros sem ninguém perceber; mas Liam não tinha me mostrado onde ficava. Só me ofereceram o quarto, mas eu esperava  que uma ducha rápida estivesse incluída no pacote.
Peguei uma calcinha limpa, um short preto e uma camiseta branca sem manga. Com sorte, conseguiria entrar e sair do chuveiro e começar a faxina antes de Harry descer.
Abri a porta que dava para a despensa, passei por entre as prateleiras que continham mais comida do que qualquer pessoa jamais poderia precisar. 

Girei a maçaneta da porta devagar e a abri. A luz da cozinha estava apagada e a única claridade vinha do sol forte que entrava pelas amplas janelas que davam para o mar. Se não estivesse tão apertada, eu teria parado um instante para admirar a vista. Mas a situação era urgente e eu precisava ir ao banheiro. A casa estava silenciosa. Copos vazios estavam espalhados pelos cômodos, junto com restos de comida e peças de roupa. Eu poderia limpar aquilo. Se me mostrasse útil, talvez me deixassem ficar ali até eu arrumar um emprego e receber um ou dois salários.
Abri lentamente a primeira porta que encontrei, com medo de ser um quarto. Era um closet. Fechei a porta e desci o corredor em direção à escada. Se os únicos banheiros fossem os das suítes, eu estava ferrada. A não ser que... Talvez houvesse um banheiro para as pessoas usarem de, pois de passar o dia inteiro na praia. Afinal de contas, Becca também tinha que tomar banho e ir ao banheiro. Virei às costas e voltei para a cozinha e para as duas portas de vidro que eu vira abertas na noite anterior.
Olhei em volta e reparei alguns degraus que desciam até debaixo da casa. Fui por ali.Lá embaixo havia duas portas. Abri uma delas e vi paredes cobertas por coletes salva-vidas, pranchas de surfe e boias. Então abri a outra. Bingo.
Era um banheiro com um pequeno boxe. Sobre um banquinho havia xampu, condicionador e sabonete, além de uma luva de banho e uma tolha limpa. Que prático.
Uma vez limpa e vestida, pendurei a toalha e a luva no ferro da cortina
 do boxe. Aquele banheiro não era muito usado. Eu poderia usar a mesma toalha e a mesma luva a semana inteira e lavar no fim de semana. Se ficasse ali tanto tempo assim.
Fechei a porta depois de sair e subi os degraus.
A maresia tinha um cheiro maravilhoso. Quando cheguei lá em cima, fiquei parada junto ao guarda-corpo e olhei para o mar. Ondas quebravam na praia de areia branca. Era a coisa mais linda que eu já tinha visto.
Mamãe e eu cogitávamos, um dia, viajar para ver o mar. Ela havia ido  quando era menina e as suas lembranças não eram lá grande coisa, mas  ela passara a vida inteira me falando sobre isso. Todo inverno ficávamos  sentadas dentro de casa em frente à lareira e planejávamos a nossa ida à  praia. Nunca conseguimos fazer essa viagem.
Primeiro mamãe não tinha  dinheiro, depois não tinha saúde. Mesmo assim, continuávamos a planejá-la. Isso ajudava a manter o sonho vivo.
E agora ali estava eu, olhando para as ondas com as quais apenas sonhara. Não eram nossas férias de conto de fadas, mas eu estava ali vendo o mar por nós duas.
– Essa vista nunca fica velha. – A voz grave e arrastada de Harry me espantou. Virei-me e o vi encostado no batente da porta. Sem camisa. Ai, ai, ai.
Não consegui articular palavras. O único peito nu de homem que eu
já tinha visto fora o de James. E isso foi antes de a minha mãe ficar doente, quando eu tinha tempo para namorar e me divertir. O peito de 16 anos de James não exibia aqueles músculos largos e definidos, assim como ele também não tinha aquela barriga tanquinho que eu via diante de mim.
– Está gostando da vista? 
Hey,mais um capitulo vi que eu tenho leitoras :3 isso e tão legal <3.

Me adicionem :D

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