●☆Obsession-Chapter Five☆●
Eu dirigi por milhas e milhas
E acabei na sua porta
Eu tive você por tantas vezes, mas de algum jeito
Eu quero mais
Eu não me importo de passar todos os dias
Do lado de fora, na sua esquina, na chuva torrencial
Procure a garota com o sorriso partido
Pergunte a ela se ela quer ficar por um tempo
E ela será amada
E acabei na sua porta
Eu tive você por tantas vezes, mas de algum jeito
Eu quero mais
Eu não me importo de passar todos os dias
Do lado de fora, na sua esquina, na chuva torrencial
Procure a garota com o sorriso partido
Pergunte a ela se ela quer ficar por um tempo
E ela será amada
.
– Não
tenho a menor ideia de onde você pode guardar a sua mala. Este
quarto é bem pequeno. Para ser sincero, é a
primeira vez que venho aqui.
– Liam balançou a cabeça e suspirou. – Escute,
se quiser ir comigo para o meu apartamento, tudo bem. Pelo menos posso lhe
oferecer um quarto no qual dê para se
mover.
Por mais
gentil que Liam fosse, eu não estava disposta a aceitar a oferta. Ele não
precisava de uma hóspede indesejada ocupando um dos seus quartos. Pelo menos
ali eu estava escondida e ninguém iria me ver. Poderia limpar a casa e arrumar
um emprego em algum lugar. Talvez Harry me deixasse ficar dormindo naquele
quartinho desocupado até eu ter dinheiro suficiente para ir embora. Ali eu não
tinha tanto a sensação de estar impondo a minha presença. No dia seguinte, iria
encontrar um mercado e usar os meus 20 dólares para comprar comida. Pão com
manteiga de amendoim devia bastar por uma semana, mais ou menos.
– Aqui
está perfeito. Assim eu não atrapalho. Além do mais, Harry amanhã vai ligar
para o meu pai e descobrir quando ele volta. Talvez ele tenha um plano, sei lá.
Mas obrigada, valeu mesmo pela oferta.
Liam
correu os olhos pelo lugar mais uma vez e fez uma cara feia. Ele não estava
contente com aquele quarto, mas eu estava aliviada. Que gentileza a dele se
importar comigo.
– Detesto
deixar você aqui atrás. Parece errado.
Ele
tornou a olhar para mim, e dessa vez a sua voz adquiriu um tom de súplica.
– Está
ótimo. Muito melhor do que na picape.
Liam
franziu o cenho.
– Na
picape? Você ia dormir lá?
– Ia,
sim. Mas isto aqui me dá um pouco de tempo para decidir qual vai
ser o meu
próximo passo.
Liam
passou uma das mãos pelos cabelos desgrenhados.
– Você me
promete uma coisa? – pediu.
Eu nunca
fui de prometer nada. O que eu sabia sobre promessas era que
elas se
quebravam com facilidade. Dei de ombros. Era o melhor que podia fazer.
– Se
Harry obrigar você a ir embora, ligue para mim.
Comecei a
concordar, mas percebi que não tinha o telefone dele.
– Onde
está o seu celular para eu poder gravar o meu número? – perguntou ele.
Aquilo
iria me fazer soar ainda mais digna de pena.
– Não
tenho.
Liam me
encarou boquiaberto.
– Não tem
celular? Não é à toa que você anda armada. – Ele enfiou a mão no bolso e pegou
o que parecia um recibo. – Tem caneta?
Tirei uma
da bolsa e entreguei para ele.
Ele
anotou o número rapidamente e me entregou o papel e a caneta.
– Ligue
para mim. É sério.
Eu jamais
ligaria, mas era gentil ele me oferecer. Concordei. Não tinha prometido nada.
– Espero
que você durma bem aqui.
Ele olhou
em volta com um ar preocupado. Eu iria dormir maravilhosamente.
– Eu vou
– garanti.
Ele
assentiu, saiu do quarto e fechou a porta. Esperei até ouvi-lo fechar
também a
porta da despensa antes de me sentar na cama ao lado da mala.
Aquilo
estava bom. Eu podia me virar com aquilo.
'Oh, você não vai ficar comigo?
Porque você é tudo que eu preciso
Isso não é amor, é fácil de enxergar
Mas, querida, fique comigo
Por que estou tão emotivo?
Não, não é uma boa visão
Preciso de algum controle próprio
E no fundo, eu sei que isso nunca funciona.
Mas você pode deitar comigo, e isso não vai machucar'
Mesmo sem janelas no quarto para
me dizer se o sol já nascera, eu sabia que tinha dormido até tarde. Fui me
deitar exausta, mas a longa viagem de oito horas e os passos na escada durante
horas depois de eu
ir para a
cama me impediram de dormir. Eu me espreguicei me sentei e
estendi a
mão para o interruptor na parede. A pequena lâmpada iluminou
o quarto
e estiquei o braço até debaixo da cama para pegar a minha mala.
Precisava
de um banho. Se todo mundo ainda estivesse dormindo, eu.
Poderia
usar um dos banheiros sem ninguém perceber; mas Liam não tinha me mostrado onde
ficava. Só me ofereceram o quarto, mas eu esperava que uma ducha rápida estivesse incluída no
pacote.
Peguei
uma calcinha limpa, um short preto e uma camiseta branca sem manga. Com sorte,
conseguiria entrar e sair do chuveiro e começar a faxina antes de Harry descer.
Abri a
porta que dava para a despensa, passei por entre as prateleiras que continham
mais comida do que qualquer pessoa jamais poderia precisar.
Girei a
maçaneta da porta devagar e a abri. A luz da cozinha estava apagada e a única claridade
vinha do sol forte que entrava pelas amplas janelas que davam para o mar. Se
não estivesse tão apertada, eu teria parado um instante para admirar a vista.
Mas a situação era urgente e eu precisava ir ao banheiro. A casa estava
silenciosa. Copos vazios estavam espalhados pelos cômodos, junto com restos de
comida e peças de roupa. Eu poderia limpar aquilo. Se me mostrasse útil, talvez
me deixassem ficar ali até eu arrumar um emprego e receber um ou dois salários.
Abri
lentamente a primeira porta que encontrei, com medo de ser um quarto. Era um
closet. Fechei a porta e desci o corredor em direção à escada. Se os únicos
banheiros fossem os das suítes, eu estava ferrada. A não ser que... Talvez
houvesse um banheiro para as pessoas usarem de, pois de passar o dia inteiro na
praia. Afinal de contas, Becca também tinha que tomar banho e ir ao banheiro.
Virei às costas e voltei para a cozinha e para as duas portas de vidro que eu
vira abertas na noite anterior.
Olhei em
volta e reparei alguns degraus que desciam até debaixo da casa. Fui por ali.Lá
embaixo havia duas portas. Abri uma delas e vi paredes cobertas por coletes
salva-vidas, pranchas de surfe e boias. Então abri a outra. Bingo.
Era um
banheiro com um pequeno boxe. Sobre um banquinho havia xampu, condicionador e
sabonete, além de uma luva de banho e uma tolha limpa. Que prático.
Uma vez
limpa e vestida, pendurei a toalha e a luva no ferro da cortina
do boxe. Aquele banheiro não era muito usado.
Eu poderia usar a mesma toalha e a mesma luva a semana inteira e lavar no fim
de semana. Se ficasse ali tanto tempo assim.
Fechei a
porta depois de sair e subi os degraus.
A maresia
tinha um cheiro maravilhoso. Quando cheguei lá em cima, fiquei parada junto ao
guarda-corpo e olhei para o mar. Ondas quebravam na praia de areia branca. Era
a coisa mais linda que eu já tinha visto.
Primeiro
mamãe não tinha dinheiro, depois não
tinha saúde. Mesmo assim, continuávamos a planejá-la. Isso ajudava a manter o
sonho vivo.
E agora
ali estava eu, olhando para as ondas com as quais apenas sonhara. Não eram
nossas férias de conto de fadas, mas eu estava ali vendo o mar por nós duas.
– Essa
vista nunca fica velha. – A voz grave e arrastada de Harry me espantou.
Virei-me e o vi encostado no batente da porta. Sem camisa. Ai, ai, ai.
Não
consegui articular palavras. O único peito nu de homem que eu
já tinha
visto fora o de James. E isso foi antes de a minha mãe ficar doente, quando eu
tinha tempo para namorar e me divertir. O peito de 16 anos de James não exibia
aqueles músculos largos e definidos, assim como ele também não tinha aquela
barriga tanquinho que eu via diante de mim.
– Está
gostando da vista?
Hey,mais um capitulo vi que eu tenho leitoras :3 isso e tão legal <3.
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